Reflexões

Quem realmente torturou Jesus?

Recentemente vi alguém falar que caso Jesus vivesse em nosso tempo, seria preso e morto pelas ideias recentemente difundidas em nosso país sobre o trato com o crime e com as minorias, atribuindo assim ao mestre a figura de um frágil torturado e massacrado por uma elite. Será que essa é realmente a forma com que o Pai quer que vejamos o Filho? A cada dia que passa Jesus tem sido apresentado pela ótica de indivíduos que distorcem completamente as Escrituras em favor de seu prisma político-ideológico. Esses indivíduos estão nos dois lados: Na esquerda e na direita.

Jesus não era um pobre coitado excluído da sociedade que foi torturado por um regime tirano e opressor. Ele teve oportunidades claras e facilitadas para que não sofresse injustamente. Na verdade, tudo foi facilitado para que Ele não cumprisse as Escrituras. Inclusive, as leis romanas e judaicas contavam com um sistema judiciário que ofereciam julgamento.

“Nicodemos, um deles, que antes fora ter com Jesus, perguntou-lhes: Acaso, a nossa lei julga um homem, sem primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez?” (João 7:50-51).

Haviam cortes e instâncias Romanas representadas por tribunais:

“E, estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito” (Mateus 27:19).

Pilatos queria soltar Jesus:

“Desejando Pilatos soltar a Jesus, insistiu ainda” (Lucas 23:20).

JESUS FOI CONDENADO POR QUE VOLUNTARIAMENTE SE ENTREGOU

“Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la” (João 10:17-18).

Esse rótulo de fragilidade e representação de minorias se dissolve quando percebemos a grandeza que levou Jesus a se sacrificar, se portando como um verdadeiro e heróico governante. Jesus não estava protestando e defendendo minorias! Ele estava se entregando por TODOS! Até mesmo por aquela elite religiosa que o invejava.

O POVO REJEITAVA E IRONIZAVA JESUS

A narrativa ideológica tenta colocar Jesus como um torturado e perseguido apenas pelas elites. O que não era verdade:

“Não vos deu Moisés a lei? Contudo, ninguém dentre vós a observa. Por que procurais matar-me? Respondeu a multidão: Tens demônio. Quem é que procura matar-te?” (João 7:19-20).

Mais tarde, a mesma multidão que havia sido suprida por Ele, se divide e muitos o ignoram e até mesmo exigem sua prisão:

“Quando as multidões o ouviram dizer isso, alguns declararam: “Certamente este homem é o profeta por quem esperávamos”. Outros afirmaram: “Ele é o Cristo”. E ainda outros disseram: “Não é possível! O Cristo virá da Galileia? As Escrituras afirmam claramente que o Cristo nascerá da linhagem real de Davi, em Belém, o povoado onde o rei Davi nasceu”. Assim, a multidão estava dividida a respeito de Jesus. Alguns queriam que ele fosse preso, mas ninguém pôs as mãos nele” (João 7:40-44).

JESUS FOI TORTURADO E MORTO POR CAUSA DE INVEJA

Homens pertencentes a uma elite religiosa se levantaram contra Jesus por um simples motivo: Inveja. Queriam ter o que ele tinha. Queriam o poder e a autoridade que exercia. Queriam a admiração e respeito que o povo tinha por Ele apesar de não ter feito parte de seus seminários e escolas teológicas.

Pilatos percebeu que a inveja era o motivo da elite religiosa:

“Pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam entregado” (Marcos 15:10).

Essa inveja pelo poder e autoridade que Jesus exercia naturalmente sobre as pessoas, me faz lembrar a ambição política que muitos partidos assumidamente possuem. Existem planos de poder para manter o povo guiado pela batuta de partidos que defendem ideologias paternalistas. Que apresentam o Estado como o provedor e mantenedor dos chamados menos favorecidos. Nos países em que essa ideologia se instaura e se perpetua, abertamente surge uma tensão violenta entre o Estado e a igreja. Por que acredita-se que a “religião” tem poder sobre as pessoas. Mal sabem eles que o que cativa os corações é o Espírito daquele que preenche tudo e todos.

NÃO FOI UMA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA!

Cumpriu-se o que o Pai havia predeterminado pela espada das autoridades vigentes.

“Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram” (Atos 4:26-28).

JESUS FOI TORTURADO E MORTO PARA TIRAR O PECADO DO MUNDO
E isso foi do agrado do Pai

“Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (Isaías 53.10-12)

Tentar equiparar Jesus a um mero ativista social é o mesmo que rebaixá-lo de forma grotesca! O Jesus a quem eu sirvo NÃO seria um ativista social! ELE simplesmente É o grande EU SOU.

Em Cristo,
Ideraldo Costa de Assis

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