Reflexões

Rompendo com os ídolos

“Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada. como também o é entre vós.” (2 Tessalonicenses 3:1)

Por que Paulo pediu que os irmãos de Tessalônica orassem por eles? Qual era o propósito desse pedido de oração?
Para que a palavra do Senhor se propagasse e fosse glorificada.

Deus nos tem dado uma palavra muito abençoada e desafiadora que tem confrontado nossas vidas. Muita gente tem sido de fato fundamentada, confrontada, edificada e muitos irmãos são impactados pela palavra do Reino.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10:4-5 RA)

Quando a palavra é viva e plena, do coração de Deus, as pessoas são libertas e curadas. Para que os sofismas sejam anulados e as fortalezas sejam quebradas, é necessário que as pessoas recebam a palavra de vários ministérios diferentes, de várias graças diferentes, de várias formas diferentes, mas com o mesmo conteúdo.

Entretanto, a palavra que chega até nós não pode ficar só entre nós, ela tem que ser propagada. O que é bom para mim será bom para os outros também. Primeiro, você deve orar. E, segundo, você deve sustentar a propagação dessa palavra. E não existe nenhuma forma mais eficiente de propagar a Palavra do que quando a encarnamos na própria vida. Por exemplo: Quando trabalhamos com um novo convertido, queremos muito que ele prospere no seu caminho, que ele cresça em tudo. Não apenas materialmente, pois uma pessoa próspera é muito mais que uma pessoa rica. Uma pessoa próspera é aquela que cresceu em todas as áreas da vida.

“Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma.” (3 João 1:2 RA)

João faz um voto para Gaio desejando que ele vá bem em tudo, que tenha saúde e prosperidade assim como é próspera a alma dele. Nós trabalhamos para que a alma dos discípulos prosperem, para que tudo o mais desenvolva. Buscamos o caminho de Deus prático para que as amarras se desatem.

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” (Provérbios 28:13)

Sabemos que é desejo de Deus que a pessoa prospere e aquele que confessa seu pecado e o deixa, alcança a misericórdia e avança. Pois não dá para prosperar nas trevas. A confissão busca o perdão, e o perdão não é anistia. O perdão assume a culpa. Não tem perdão para quem não é culpado. A anistia quer que você esqueça a ofensa. Quando alguém confessa, não quer anistia, quer perdão. Deus não convence o homem para condená-lo, mas para libertá-lo.

“…e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (…) Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:32 e 36)

É desejo do coração de Deus libertar o cativo, Jesus veio para isso. Só que a libertação passa pelo perdão e não pela desculpa, e o perdão só se manifesta na confissão. A confissão atrai a misericórdia de Deus. Quando alguém se humilha e diz: “Pequei!”, está atraindo a misericórdia de Deus.

“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã.” (Isaías 1:18)

Deus faz um convite ao homem. O desejo de Deus é perdoar, limpar, purificar. Mas isso não acontece quando buscamos uma anistia irresponsável, sem culpado e, sim, quando buscamos o perdão e este não acontece sem a confissão.

Devemos entender o seguinte: Primeiro, não existe nenhum pecado que nós confessamos a Deus, que seja novo. Não existe pecado novo, pois o que você fez de errado, alguém já fez antes. Segundo, não existe pecado em nós que Deus já não tenha visto antes – ninguém surpreende a Deus com o seu pecado. Terceiro, não existe nenhum pecado que nós confessamos que Jesus não tenha morrido por ele. Jesus já pagou o preço por todos eles e não há pecado ou culpa maior que o amor de Jesus.

Uma pessoa que comete um pecado e fica triste por isso, é porque o temor de Deus está plantado dentro de seu coração. O Senhor é poderoso para perdoar todos os nossos pecados, mas confessar não é tudo – é preciso deixar o pecado para alcançar a misericórdia.

“E Deus pelas mãos de Paulo fazia milagres extraordinários, de sorte que lenços e aventais eram levados do seu corpo aos enfermos, e as doenças os deixavam e saíam deles os espíritos malignos.” (Atos 19:11-12)

“E muitos dos que haviam crido vinham, confessando e revelando os seus feitos.” (Atos 19:18)

As pessoas levavam o lenço pessoal de Paulo até os enfermos e eles eram curados, até os demônios fugiam. Era a unção de Deus na vida daquele homem. A unção permanece, ela fica. Muitos que criam, vinham confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras. Essa foi a maneira mais poderosa de propagar a palavra e vivê-la. Quando você encarna a palavra e a põe em ação, ela tem a maior força de propagação.

“Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinquenta mil denários.” (Atos 19:19 RA)

Nosso pecado sempre tem um vínculo com algo que se materializa. Deus sempre mostra aquilo que tem que ir para a fogueira, mas nós temos muita dificuldade em enxergar isto. O que é mais importante: Preservar a Bíblia ou viver a Bíblia? O valor da Bíblia é inquestionável. Mas, deixá-la aberta no altar juntando poeira é imperdoável.

Imaginem um pastor chegar diante da igreja, ficar indignado e rasgar a Bíblia no púlpito porque a igreja não quer vivê-la. Talvez você ache isso uma “loucura”. Assim fez Moisés: ficou indignado porque o povo não tinha compromisso com a Lei, com a Palavra, com o Deus dele. Então, pegou aquela palavra que Deus tinha acabado de dar a ele e a quebrou. O Senhor está mais preocupado em que se viva a palavra.

Jesus falou que nos últimos dias aparecerão muitos escarnecedores, não apenas da Palavra, mas do próprio Deus. Tem gente que escarnece de Jesus, faz piadas de Jesus. Muitos acham que a Bíblia e Deus são uma coisa só, mas não é bem assim. A letra é morta. O que vivifica a letra é o Espírito. Levar nosso passado para a fogueira só é interessante quando queremos viver a palavra, porque nós não conhecemos o nosso coração. Muitas vezes nem aprendemos a viver no Espírito ainda.

“Ora, quando ele ia chegando a Jericó, estava um cego sentado junto do caminho, mendigando. Este, pois, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. Disseram-lhe que Jesus, o nazareno, ia passando. Então ele se pôs a clamar, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse; ele, porém, clamava ainda mais: Filho de Davi, tem compaixão de mim! Parou, pois, Jesus, e mandou que lho trouxessem. Tendo ele chegado, perguntou-lhe: Que queres que te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu veja. Disse-lhe Jesus: Vê; a tua fé te salvou. Imediatamente recuperou a vista, e o foi seguindo, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus.” (Lucas 18:35-43)

Esta pergunta de Jesus, para alguns não faz o menor sentido: “Que queres que te faça?”. Ora, o homem era cego. O que mais ele poderia querer? Muitos não querem ser curados. Tem gente que prefere se aposentar por invalidez a ser curado. Então, se Jesus chegar diante de nós, ele irá nos perguntar o que queremos exatamente. Devemos estar convictos daquilo que queremos. Mesmo que seja algo difícil, que nos leve a orar e chorar a semana inteira, o ano inteiro, mas precisamos estar convictos, cheios de fé de que esta é a vontade de Deus.

O que você quer? Essa pergunta é fundamental. Alguns querem que todos tenham pena dele, não querem se levantar como pessoas – querem atenção e comiseração. As nossas decisões de vida é que nos levam para a fogueira. Quando o homem sabe o que quer, ele queima um monte de coisas. E, junto com essas coisas, vai o pecado, vai o demônio, vai tudo.

A Bíblia diz: Tudo me é lícito, mas eu não me deixarei escravizar por nada (1 Coríntios 10:23,24). Se algo lhe faz mal, arranque, jogue na fogueira. No entanto, antes da fogueira queimar os livros, Deus teve de queimar os corações daqueles discípulos. Ninguém leva algo para a fogueira se o fogo já não tiver queimando dentro dele. O fogo de Deus tem que queimar os nossos corações. Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas o que confessa e deixa, alcança a misericórdia!

No amor do Senhor Jesus,
Sérgio Franco

admin

Amamos a Jesus, por isso lutamos por Sua vida na Igreja.