Reflexões

Libertando-se das opressões

João declara em sua primeira epístola que Jesus veio “para desfazer as obras do diabo” (1 João 3:8).

Satanás é um ser real, espiritual e invisível. Mas suas manifestações são visíveis nas vidas de muitas pessoas através dos efeitos destrutivos e devastadores que ele causa.

Em todos os séculos a presença do diabo tem sido sentida, gerando opressões, amarras e até mesmo possessões satânicas em homens e mulheres. A feitiçaria, a bruxaria, o culto aos mortos, a hipnose, a magia, a adivinhação, os encantamentos são todos produtos do inferno para submeter os seres humanos ao domínio de Satanás.

Nos tempos atuais vemos um grande crescimento do ocultismo. O diabo sabe que lhe resta pouco tempo e tem multiplicado suas ações. Cultos como a macumba, a umbanda e o espiritismo têm invadido muitos países. Todos eles se baseiam em ritos satânicos que produzem destruição, tanto em quem os pratica como naqueles que têm contato com os mesmos. Enganam as mentes e prendem a alma através da busca de experiências sobrenaturais e de poderes que vão além das possibilidades naturais do homem.

Por outro lado, práticas aparentemente inocentes como o pêndulo, tirar cartas, jogo do copo, o tarot e a astrologia condicionam e prendem as pessoas através do medo ou da fatalidade. As cabalas e as superstições também colocam o homem em uma situação de submissão ao mundo espiritual dos demônios.

Muitos estão cegos e não veem até que ponto vivem expostos à ação direta e livre de Satanás e suas hostes, alguns por livre escolha e outros por ignorância. O certo é que, uma vez que o ser humano se coloca debaixo da influência dos demônios, não consegue fugir de suas ações a menos que receba libertação divina. O diabo reivindica como seu todo território que lhe é rendido.

No desenvolver do meu trabalho pastoral, acho incrível a quantidade de pessoas que encontro que sofrem de prisões e opressões espirituais. A maior parte delas já teve relação, em algum momento de sua vida, com alguma prática de ocultismo. Satanás trabalha nas pessoas de diferentes maneiras e em diferentes momentos. Algumas são perseguidas pelos demônios desde a infância. De alguma maneira, suas casas e famílias têm estado abertas às ações do diabo.

Outras, em sua juventude, despertaram uma curiosidade pelo oculto e se aventuraram por esse terreno perigoso. Ou, talvez, se entregaram a uma vida de devassidão sexual. O pecado sexual é uma das portas favoritas do diabo. Temos conhecido prostitutas endemoninhadas, possuídas por um espírito de sexo desenfreado. Também na homossexualidade os demônios operam. Por vezes também vimos mulheres debaixo de um forte espírito de condenação e depressão de origem satânica por terem se submetido a abortos.

Algumas pessoas se aproximam de adivinhos, bruxos e curandeiros em momentos de crises, enfermidades ou desespero e ficam presos em suas armadilhas.

São muitos os que sofrem ataduras e opressões diabólicas. Alguns chegam ao ponto de ficarem endemoninhados e perder o controle sobre suas próprias vidas, mentes e emoções quando estes espíritos se manifestam em suas ações e condutas.

Nem todos têm o mesmo grau de opressão ou possessão diabólica. Alguns sentem opressões em seu caráter permanentemente. Vivem oprimidos, presos, deprimidos. Outros passam por opressões momentâneas. Os maus espíritos vêm e vão, como no caso do rei Saul. Jesus descreveu a ação do diabo da seguinte maneira: “O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir…” (João 10:10). É deste modo que acontece a ação do inimigo sobre as vidas das pessoas e das famílias. É uma obra destruidora. Ele rouba a paz, a felicidade, a saúde, a tranquilidade, a santidade, a harmonia. Ele mata, arruína, destrói. Assim age o diabo. Vem como um ladrão, escondido. Trabalha na obscuridade. É um enganador, um mentiroso. Opera nas trevas. O diabo não vem vestido de preto, com chifres, um tridente e uma longa cauda. Se fosse assim, seria muito fácil identificá-lo. Ele se esconde nas trevas. Trabalha a partir da ignorância das pessoas, de seu desconhecimento da verdade e da vontade de Deus. Desse modo ele entra furtivamente como um ladrão no meio da noite e destrói a vida das pessoas.

Jesus veio “para que tenham vida, e vida em abundância” (João 10:10). Veio para que recebamos uma vida plena, com alegria, paz e saúde integral, porque ele nos ama e deseja o nosso bem.

Ter vida em abundância é possuí-la de forma que transborde e seja compartilhada com os demais – dar a outros a nossa paz, nossa alegria, nosso amor, a presença de Deus, a verdade, a graça, o perdão –, de maneira que essa abundância de Deus flua através das nossas vidas. Ou seja, tudo oposto à ação do inimigo que veio para matar. Um veio dar para dar vida; e o outro para tirar, roubar e destruí-la.

O projeto de Jesus é construir; o plano do diabo é destruir. O objetivo de Jesus é dar vida; o do inimigo é produzir morte. Assim, em nossa sociedade atual existem muitas pessoas oprimidas, que vivem com um peso sobre sua alma. Há muitos abatidos, acorrentados, presos, amarrados e endemoninhados. Devido a estas opressões, muitos sofrem angústias exageradas e temores que lhes paralisam até um nível irracional e incompreensível para a mente humana. Sentem uma compulsão muito forte para fazer coisas que não querem fazer. Têm condutas que não conseguem controlar, pois estão oprimidos e do- minados pelo inimigo. Alguns são invadidos por ideias e pensamentos obsessivos de destruição, suicídio, maldade, violência, criminalidade e coisas destrutivas em relação a outros.

O certo é que em qualquer dessas situações se faz necessária uma libertação, e Cristo veio justamente para destruir as obras do diabo e libertar os que estão oprimidos por ele.

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Jorge Himitian
Extraído do livro Curados pela Palavra, que pode ser adquirido na loja Servo Livre.

 

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