Família

O que é casar?

Quando perguntaram a Jesus sobre divórcio, nas duas vezes em que foram registradas as perguntas, tanto em Mateus 19:3-9, quanto em Marcos 10:2-9, o Senhor fala sobre o casamento na sua origem, ou seja, na Criação. Creio que isso nos ensina que não devemos falar sobre o tema divórcio sem compreender de fato o que é casamento. De forma simples e clara, Jesus falou do casamento na sua origem. Ele explica que na criação foi apenas um homem e uma mulher. Fica claro, ao ouvirmos Jesus, que o casamento é uma Instituição Divina pela qual um homem e uma mulher se unem por vontade própria. Mesmo Adão não tendo pedido uma esposa para Deus, quando a viu, não teve dúvidas que ela havia saído dele. A mulher não era como uma das fêmeas dos animais dos quais dava nome.  As Escrituras deixam claro que o casamento nasceu com o propósito de estabelecer uma família (Gênesis 1.27-28; 2.18-24) e, nos planos de Deus, é a união mais íntima entre duas pessoas. O elemento central de sua constituição é a aliança, o pacto entre os cônjuges (Provérbios 2:16,17; Malaquias 2:15). É um vínculo permanente e só pode ser dissolvido pela morte (Romanos 7.2-3; I Coríntios 7:39) ou, excepcionalmente, pelo divórcio (Mateus  5:31-32 e 19.3-9).

O casamento é uma aliança heterossexual exclusiva entre um homem e uma mulher, pois do contrário, não se pode cumprir o propósito da família de gerar filhos e filhas para Deus.

Logo no primeiro casamento da história são declaradas as condições para todos os outros casamentos que se seguiriam:

“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gênesis 2:24).

A palavra hebraica traduzida pelo verbo “deixar” é “azab”, que significa “abandonar, deixar para trás, soltar, afastar-se”. Deixar os laços paternos – deixar no sentido de iniciar uma nova unidade ou de estabelecer uma nova autoridade. Dentre as coisas que o homem deve deixar para constituir um casamento também podem ser consideradas a dependência emocional, financeira e até, em alguns casos, aspectos geográficos.

Homem e mulher devem se unir um ao outro. A palavra hebraica usada aqui é “dâbaq” que significa “grudar-se, colar, permanecer junto, unir-se, ligar-se um ao outro”. O casamento, na prática, nos dá uma idéia de “ligação contínua”, um constante apegar-se. Não se trata de um encontro fortuito, uma relação fugaz, algo que se predetermina o tempo de duração ou um regime onde se estabelece a separação dos bens, mas uma aliança permanente que perdura enquanto vivem os cônjuges. Esta aliança é declarada num pacto mútuo que o casal faz diante de Deus e dos homens.

Por fim, devem homem e mulher devem tornar-se uma só carne. Eles devem ter e manter relações sexuais. O sexo, à luz das Escrituras, foi criado para três propósitos: Selar a união do casamento, procriar e proporcionar prazer ao casal. Após a queda, o sexo também protege o cônjuge da impureza sexual (1 Cor 7:2-5). Através do sexo conhecemos a nós mesmos e conhecemos o nosso cônjuge mais profundamente. Toda impureza cometida dentro ou fora do casamento será julgada por Deus (I Coríntios 6:9, I Tessalonicenses 4:6 e Apocalipse 21:8). O homem que se une à uma prostituta se torna com ela uma só carne, porém não estão casados. Logo, podemos dizer que a união sexual por si só não sela um casamento. Isso só ocorre quando a união sexual é posterior ao pacto mútuo de deixar e se unir – “Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne” (I Coríntios 6:16).

No plano original, além de Deus estabelecer que deve ser homem e mulher, ou seja, uma união heterossexual e exclusiva, não há lugar também para a bigamia, poligamia ou poliandria, nem qualquer outra forma de “união marital”, tais como união estável, concubinato, estar amasiado, ter um cônjuge e um amante, ou troca de parceiros. Nós só encontramos estas formas deformadas após o pecado do homem, no entanto Jesus, ao trazer a Verdade e a Graça, nos remete ao modelo original do casamento e, por consequência, da família. O matrimônio deve ser digno de honra entre todos (Hebreus 13:4) e a família é um projeto de Deus!

Uma verdade que precisamos entender sobre o casamento é que ele não foi estabelecido por uma lei humana e nem inventado por alguma civilização. Ele antecede a toda cultura, tradição, povo ou nação. Ele é anterior à queda. É uma instituição divina. Portanto, ninguém além de Deus tem autoridade para determinar o que é um casamento ou quando ele acaba. Isso não é determinado pelo Estado e nem mesmo pelos cônjuges, pois o casamento não é uma sociedade entre duas partes, onde cada uma coloca as suas condições. Deus é quem estabelece as condições. Quem se casa deve aceitar as condições estabelecidas por Deus em Sua Palavra e não há nada o que temer, pois Ele é Amor e possui todo poder e sabedoria.

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