Reflexões

“Você não é uma fraude!”

Quem leva a vida com Deus a sério, ao passar por situações em que se vê derrotado por algum pecado, ou quando percebe a maldade em seu próprio coração, por vezes pensa consigo mesmo: “eu sou uma fraude, uma farsa”. Esse sentimento pode surgir pelo fato dessa pessoa se enxergar em uma situação que ela mesma reprova, que não está de acordo com o que se espera de um seguidor de Jesus.

O propósito deste post é te ajudar para que não fique enganado e a identifique o que há de verdadeiro em você. Precisamos lembrar disso: O que determina uma vida cristã falsa, com mera aparência de piedade, não é o fato de você ter pecado, mas sim o como você lida com ele.

É certo que não devemos pecar (I João 2:1). Na verdade, estamos na luta contra o pecado. Não queremos nos ver enredados nos laço do Diabo. E já recebemos de Deus toda a condição para vencer o pecado. Afinal, quem é nascido de Deus não pode permanecer na prática do pecado, pois permanece nele a divina semente. Deus não permite que venha sobre nós tentação acima do que possamos suportar, e ele sempre nos dar o escape, a forma de fugir da tentação.

Porém, nenhum de nós pode dizer que o pecado foi eliminado da sua vida. Lutamos contra ele cotidianamente, e, por vezes, nos vemos vencidos. Então, como é possível pecar, se dizendo cristão, e ainda assim não se sentir uma fraude, uma farsa? Só há um caminho para alcançarmos isso: tratando a nossa culpa como a Palavra nos diz que deve ser tratada.

“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (I João 1:7).

Sim, o sangue de Jesus purifica o homem de todo pecado. Nenhuma maldade ou iniquidade fica de fora da ação purificadora o sangue de Jesus, porém esse sangue purifica aquele que anda na luz.

E o que é luz? A resposta é clara: tudo o que se manifesta é luz (Efésios 5:1). Quem se aproxima da luz, deixa suas obras expostas, passíveis de serem arguidas e questionadas (João 3:20,21).

Por isso João nos diz:

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I João 1:9).

Portanto, devemos confessar os nossos pecados uns aos outros, e orar uns pelos outros, para sermos curados (Tiago 5:16).

Se sua vida está na luz, você não é uma fraude. Sua vida cristã não é uma mentira. Você é alguém que está no Caminho, e toda vez que confessa o seu pecado, você declara para Deus: “Pai, eu quero continuar. Eu não desisto de caminhar contigo”. Siga se humilhando, receba a correção de Deus. Ele repreende e corrige a todos quanto ama. Essa prática vai guardar a sua consciência e proteger a sua fé.

E se, mesmo depois de se colocar na luz, a culpa ainda pesa sobre você, saiba que “se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas” (I João 3:20).

“Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” (II Timóteo 2:13).

Ele é fiel para perdoar o arrependido que confessa seus pecados. Ele é fiel para purificá-lo e transformá-lo.

Em Cristo,
Anderson Paz