Reflexões

A equação que desmascara vida

Existe uma equação que revela se o nosso discurso de fato manifesta a vida interior ou se apenas serve para sustentar uma vida exterior hipócrita e mentirosa. É simples, basta comparar as nossas palavras com as nossas práticas. Exemplo:

“Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade” (I João 1:6 RA).

Falamos muitas vezes para impressionar os ouvintes. Devemos ter o cuidado de falar segundo o que vivemos. É melhor confessar um pecado do que declarar coisas que, uma vez confrontadas com as nossas práticas, só revelam o quanto somos mentirosos. “Se dissermos… se andarmos…” Se o que dizemos não condiz com a maneira que andamos = Mentimos.

“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (I João 1:8 RA).

A Deus não enganamos nunca pois Ele conhece os nossos corações. Quando tentamos encobrir os pecados, só enganamos a nós mesmos.

“Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (I João 1:10 RA).

A pior coisa que podemos fazer é deixar Deus com aparência de mentiroso (fazemo-lo = aparência). Esta agressão ocorre quando as nossas palavras não estão de acordo com a nossa vida. Por outro, falar em concordância com a verdade glorifica a Deus e nos abençoa sem medidas.

Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I João 1:7 RA).

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:9 RA).

João, o Batista, deixou claro que o arrependimento verdadeiro produz frutos:

“Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. … Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?  Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Mateus 3:1-11 RA).

“Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria. Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador. Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:1-10 RA).

Jesus declarou que a salvação havia chegado à casa de Zaqueu. O Senhor disse que o cobrador de impostos era também filho de Abraão. Estas declarações do Mestre vieram após Zaqueu ter feito suas doações aos pobres e declarado sua disposição em restituir, segundo a lei, a todos quanto tivessem sido defraudados por ele.

O mesmo não ocorreu com os fariseus. Eles tentavam justificação diante de João Batista alegando serem filhos de Abraão, sem contudo demonstrarem frutos digno de arrependimento

Fatos opostos em seus desfechos: De um lado João Batista reprova os fariseus por falta de frutos dignos de arrependimento e, de outro lado, Jesus chama Zaqueu de filho de Abraão após contemplar seus frutos.

Nossa justificação é por fé, mas a fé em Jesus só se manifesta quando é obedecida. Se alguém confessa que Jesus Cristo é o Senhor (Dono, Amo, Possuidor) da sua vida, é coerente que este tal viva de acordo com a vontade deste seu Amo.

“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6:46 RA).

Sérgio Franco
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