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#PrayforISIS – Ore pelos integrantes do Estado Islâmico

Diante dos últimos fatos envolvendo os ataques terroristas em Paris, nos deparamos com a tensão entre a religião e o humanismo pacifista. É angustiante ver homens que dizem matar em nome de seu deus. É angustiante ver a dor dos que sofrem, é triste ver uma competição midiática com aparência de patriotismo em relação ao desastre em Minas Gerais e também é com misericórdia que vejo o mundo perdido pedindo paz e consciência para terroristas. É muito desafiador ver o mundo como ele é e como as multidões repetem o comportamento que Jesus observou quando via “ovelhas sem pastor”: Aflitas e exaustas (Mateus 9:36).

Pode parecer um discurso antiquado, bitolado e frustrante, mas é necessário abrir os olhos para compreender que esse tipo de situação transcende o que vemos. É muita inocência pedir a terroristas que coloquem a mão na consciência. Talvez seja um ato de muito desespero achar que manifestações de paz e reflexão são a resposta adequada a esses homens que têm sido comparados a animais o tempo todo. Pelo menos é o que tenho visto na mídia. Quando o tema é esse terrorismo praticado pelo Estado Islâmico, estamos lidando com uma ideologia político-religiosa muito antiga e inflexível. A teoria desses homens remonta a mais ou menos 1500 anos de história do Islã. Eles acreditam serem fiéis e instrumento de justiça para constituírem no mundo atual um califado (sistema de governo baseado na sucessão do profeta Maomé) que é “proselitista”, ou seja, que trabalha para converter adeptos a sua crença. E todos que se opõem aos seus ideais são considerados inimigos.

Ou seja, qualquer iniciativa meramente humana e pacifista não faz nem cócegas na consciência de um terrorista treinado ideologicamente para ver seus “inimigos” verterem sangue até a morte. O Alcorão ou Corão deixa claro isso. Não é nenhum discurso religioso isolado e sim um princípio claro nesse livro.

“Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tués para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (Mateus 16:23).

Nesse momento é importante lembrar. Deus não é humanista. Não está em torno do homem para o servir e nem tão pouco tem os mesmos valores que os nossos. Nesse texto de Mateus, Pedro tenta censurar Jesus, quando este estava para dar sua vida na cruz. Aquilo era inconcebível para as emoções, para a mente, para a humanidade de Pedro. Jesus repreende a Satanás que usou a boca de Pedro para tentar dissuadi-lo no seu foco no auto-sacrifício. A final de contas, era um ser humano que seria dilacerado e moído pelas torturas romanas.

O que o humanismo tem a ver com todo esse caos no mundo?

Deus não é evangélico, católico e também não é muçulmano. E tampouco é humanista. Deus não pensa apenas em nós e sim em manifestar sua glória na criação que somos nós. Deus quer uma família de muitos filhos transformados em seu caráter na imagem de seu filho Jesus. E de fato, Jesus nos ensinou a chorar com os que choram e demostrou com seu próprio exemplo a compaixão por aqueles que ainda divagam distante do grande propósito. (Romanos 8:28-29)

Mas também devemos lembrar que o ensino de Jesus transcende a identificação com os que sofrem mas também abarca o amor aos que se comportam como inimigos.

“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mateus 5:44-45)

“não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.  Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.  Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Romanos 12:19-21).

E eu pergunto a cada leitor. Quem se habilita em tempos como esse que estamos vivenciando a praticar esse princípio independente do que sentimos?

Apenas alguém realmente curado nas emoções e que já decidiu sair do centro de sua própria vida é capaz de experimentar a vitória sobre esse mal que parece quase que indestrutível. Oremos pelo integrantes do Estado Islâmico. #PrayforISIS

Ideraldo de Assis
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