Reflexões

Muito além de mim

São muitas as guerras e batalhas que vivemos como cristãos. Temos, como Paulo nos diz, “por fora combates, temores por dentro”. São guerras para vencermos nossa velha natureza, nossos medos e desafios que aparecem no dia a dia. Em certas ocasiões, precisamos de verdadeiros milagres em nossa vida. Milagres financeiros, sentimentais ou familiares.

No entanto, somos chamados para uma guerra muito maior que a desta vida: a guerra pelo Reino de Deus. Como filhos de Deus, temos o alvo de levarmos seu Reino para todos, em todos os lugares, em todas as nações. Todos os homens precisam do governo de Deus sobre suas vidas. Mas, sabemos que para que este Reino venha, além da soberana intervenção de Deus que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo, é necessário que nós estejamos sempre prontos para cumprirmos a missão para a qual Deus nos chamou como soldados. Nossa missão é a de sermos sal e luz em qualquer lugar, de levarmos com fidelidade a verdade de Deus, e levantarmos a bandeira do amor de Deus sobre nós, para que todos percebam o grande amor do Pai.

E creio que é exatamente neste ponto que mais falhamos como igreja. Por muitas vezes, nosso desejo de expressar esta vida, de lutar esta guerra pelo Reino, é muito pequeno. É neste momento que, como igreja, recuamos ao invés de avançarmos. É muito triste quando lutamos até o sangue por nossas próprias guerras, mas desfalecemos quando se trata de permanecermos na Palavra com o único fim de glorificarmos a Jesus. Não avançamos, não pagamos o preço.

Isto se revela de forma clara quando não nos manifestamos com o fim de ajudar a algum irmão, mas nos movemos quando a mesma questão nos atinge pessoalmente de alguma maneira, afetando nossos próprios interesses. Há muitas situações que deveríamos ajudar de forma profunda, por já termos experiências em nossa vida que, com certeza, abençoariam a muitos. Mas, ainda assim, o nosso esforço em ajudar é minúsculo. Não estamos dispostos a contribuir em algo que não nos traga retorno imediato.

Peço que o Espírito Santo nos levante como igreja, como exército verdadeiro, para batalharmos para que o Reino de Deus vença em nossas amizades, em nossos relacionamentos, em nossa vizinhança, em todo lugar. Escrevo este texto porque nos últimos dias, Deus tem me desafiado a viver além de guerras pessoais e olhar para muito além de mim, para os campos, para onde o Reino ainda precisa chegar. São muitas as vezes que meu coração se moveu quando alguma questão me envolvia pessoalmente. Mas, é muito melhor ver meu coração se alegrando por algo maior que eu mesma: o Reino de Deus.

Que o nome do Senhor dos exércitos e o desejo de que Ele seja glorificado nos faça vencer os gigantes que se levantam contra Seu povo. É para isso que fomos chamados, é para isso que existimos. Não nos contentemos com menos do que isso. Sei que o Espírito Santo pode te guiar a clamar conforme o coração do Pai, para que arda outra vez em nós o amor pelo Seu Reino.

Ana Carolina de Assis Brum Pires
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