Reflexões

Precisamos de alianças

“Não insistas comigo que te deixe e não mais a acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus!” (Rute. 1:16)
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A declaração acima, feita por Rute ao comprometer-se a acompanhar sua sogra Noemi em seu retorno à Israel, é muito conhecida por sua profundidade e beleza. Expressa um compromisso de companheirismo até o fim da vida. Tamanha é a beleza dessa declaração que há quem se refira a ela até mesmo em cerimônias de casamento.

Não tão conhecida, mas dotada a mesma carga de beleza, é a afirmação que Itai faz ao seu rei, Davi: “Tão certo como vive o SENHOR, e como vive o rei, meu senhor, no lugar em que estiver o rei, meu senhor, seja para morte seja para vida, lá estará também o teu servo” (II Sm. 15:21).

Já faz algum tempo que fico a pensar no seguinte: Como seria bom se cada cristão, ao ler ou ouvir declarações como a de Rute ou a de Itai, logo tivessem seus pensamentos voltados à Igreja.

E o que essas declarações têm a ver com a Igreja? Tudo, absolutamente tudo. E só pensar no seguinte: Se pessoas na Antiga Aliança, que ainda não tinham a referência de amor que Jesus nos apresenta, que ainda não haviam recebido o mandamento “amem-se uns aos outros como eu os amei” (Jo. 15:12), eram capazes de firmar alianças dessa profundidade, quanto maior deve ser nossa aliança uns com os outros, nós que conhecemos Aquele que nos deu o maior modelo de amor. De nós se espera que tenhamos um compromisso muito maior.

Nossas alianças uns com os outros não poderiam ficar aquém, de forma alguma, da aliança que havia entre Rute e Noemi. Experimentar Igreja em seu sentido pleno significa experimentar esse nível de aliança, de comprometimento. Portanto, que tenhamos corações determinados a crescer a cada dia nessa maravilhosa experiência que é viver Igreja, família de Deus, Corpo de Cristo.

@AndersonPaz