Reflexões

Quando Deus é o juiz (4)

Chegando ao término desta série que aborda a postura que devem ter aqueles que reconhecem Deus como seu juiz, eu não poderia deixar de citar aqui uma importante advertência que nos foi deixada por Pedro:

“Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês” (I Pe. 1:17).

Temor é uma postura presente e marcante na vida dos filhos de Deus. Contudo, é necessário fazer distinção entre medo e temor. Nessa distinção, Moisés diz algo que nos ajuda, ao falar ao povo de Israel: “Não tenham medo! Deus veio prová-los, para que o temor de Deus esteja em vocês e os livre de pecar” (Ex. 20:20). Ao mesmo tempo que Moisés diz ao povo para que não tivesse medo, também declara que Deus estava se revelando para que o povo O temesse. À luz das Escrituras, vemos que o medo de alguém nos leva ao distanciamento em relação à essa pessoa (Êx. 34:30), enquanto o temor a Deus nos conduz à intimidade com Ele: “O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança” (Sl. 25:14).

De acordo com o texto de I Pedro 1:17, podemos dizer que o temor a Deus é a postura que nasce a partir da consciência de que a vida é breve e passageira, de que estamos numa peregrinação que terá um fim, e que o próprio Deus julgará as nossas obras. Temer a Deus é se conduzir de forma consciente de que somos responsáveis diante dEle. Sendo assim, o temor a Deus nos leva a viver com responsabilidade diante dAquele que faz justiça e juízo em toda a Terra. Como disse Moisés em Êx. 34:30, o temor a Deus nos livra de pecar.

Temer a Deus também implica em honrar o preço pago pela nossa salvação. Como Pedro prossegue dizendo:

“…vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (I Pe. 1:18,19).

Portando, lembremos também da advertência que nos foi feita em Hebreus 10:28-31, e vivamos de modo que honre o alto preço pelo qual fomos comprados: o sangue de Jesus.

“Quem rejeitava a lei de Moisés morria sem misericórdia pelo depoimento de duas ou três testemunhas. Quão mais severo castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos pés o Filho de Deus, que profanou o sangue da aliança pelo qual ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça? Pois conhecemos aquele que disse: “A mim pertence a vingança; eu retribuirei”; e outra vez: “O Senhor julgará o seu povo”. Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!” (Hb. 10:28-31).

Em Cristo,

Anderson Paz

Confira também:
– Quando Deus é o juiz (1)
– Quando Deus é o juiz (2)
– Quando Deus é o juiz (3)

 

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