Ensino

Quando Deus é o juiz (3)

Como já foi dito nos posts anteriores, ter Deus como juiz implica em certas posturas práticas em nossas vidas. Assim como não é possível chamar Jesus de Senhor sem fazer o que Ele manda (Lc. 6:46), também não se pode dizer que Deus é o seu juiz se você não está comprometido a enxergar a sua própria vida e todas as coisas ao seu redor à partir da ótica da Palavra de Deus. Afinal, é por essa Palavra que seremos julgados (Jo. 12:48). Também é incoerente dizer que Deus é o seu juiz se você não tem uma postura de renunciar a toda e qualquer espécie de vingança, deixando-a nas mãos de Deus. Todo aquele quem toma vingança duvida do Justo Juiz.

Para dar continuidade a esse tema, quero trazer um texto bíblico para que você possa refletir:

“Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente” (I Pe. 2:21-23).

Jesus é exemplo e inspiração para quem decide viver tendo Deus como seu juiz. E qual foi o exemplo que Ele nos deixou? O de alguém que não respondia a injúria com injúria, mas antes entregava a si mesmo ao que julga retamente: Deus.

Quando difamado, não vemos Jesus se esforçando para se defender ou se explicar. Afinal, Ele tinha plena certeza e convicção de quem era e do que viera fazer. Tendo total consciência da sua identidade, e tendo recebido o testemunho do Pai que dizia: “este é o meu Filho amado, em que me comprazo” (Mt. 3:17), Jesus não se preocupava em defender a verdade acerca de Si mesmo. Vejo Jesus defendendo a verdade acerca do Pai, mas não consigo imaginá-lo ficando chateado ou magoado quando alguém o acusava de ser um blasfemador, mentiroso, endemoninhado ou qualquer outra coisa.

O que precisamos ter firme em nós é a consciência da nossa identidade, de quem nós somos. E quem é melhor para dizer que nós somos do que próprio Deus? Afinal, é Ele quem esquadrinha mentes e corações (Jr. 17:10).

Ter Deus como juiz é entregar-se a Ele, buscando ouvir o que Ele tem a dizer acerca de você. Lembrando que “não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva” (II Co. 10:18),  deixo algo para sua reflexão: Que louvor (elogio, reconhecimento) Deus teria a te dar hoje? O que Ele teria para dizer acerca de você? Você vive de maneira que alcance e o louvor que vem dEle?

Fica a pergunta para reflexão.

Em Cristo,

Anderson Paz

Confira também:
Quando Deus é o juiz (1)
Quando Deus é o juiz (2)
Quando Deus é o juiz (4)

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